domingo, 2 de novembro de 2008

Na noite...



Acabei de chegar de uma boate, famosa aqui e lá. Muita gente, muitas coisas legais, muitas bizarrices, gente bêbada, enfim. Tida como o “O Mundo Perfeito”, e é quase. Ao entrarmos lá dentro, tudo se transforma. Tudo que é teoricamente proibido de fazer abertamente aqui fora, lá dentro é permitido. É como se fosse um outro mundo, uma outra dimensão. Álcool em excesso, drogas, em excesso também, ‘pegações’, mais pegações, mais mais e mais. Isso é o que mais tem. Já era de se esperar, já que aqui fora eles teoricamente não podem. É ótimo pra dançar, dançar muito, pra encontrar certos amigos, conversar com eles, estar com eles. E por incrível que pareça, uma das coisas mais interessantes na minha opinião é sentar num dos inúmeros sofás e ficar observando as pessoas. Tem de tudo, seres humanos quase transfigurados, modificados, pessoas passando mal, de tanta droga, berrando, tendo alucinações, bolinhos de pessoas se beijando, pessoas que não sabem dançar, outras que dançam muito bem, até mesmo alguém que dance pra trás (isso mesmo, alguém que dança pra trás), aqueles que passam a noite procurando alguém, os que vão sozinhos, e terminam a noite sozinhos, outros que ficam loucos atrás de uma pulseirinha vip, enfim.
Ao sairmos, tudo volta como a ser como era antes. Eles recolocam as camisas no corpo, tiram às vezes o óculos escuro, se recompõem. Ao mesmo tempo em que é bom, tenho nojo dessas bizarrices, pega um aqui, depois pega outro do lado, daqui a pouco pega OUTRO do outro lado, depois se pegam juntos, enfim. Asco. Na noite eles se revelam, se soltam, ninguém diz no dia a dia quem eles realmente são. Apesar disso tudo, volto e volto mais.
Preciso ir revê-los.
É só.

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