quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A empresa.



Ontem ao chegar no galpão, fui recebido com um grito, alto e nervoso. Um grito de "Pááára". Dois segundos depois outro grito, dessa vez mandando a cadela parar de latir. Bela recepção não? Tudo que uma pessoa deseja receber quando chega cansado depois uma manhã pesada. Logo em seguida o telefone toca, é um carregamento que está chegando. Cento e cinqüenta caixas médias de papelão, que serão levadas embora só no ano que vem. O telefone toca de novo. Dessa vez deu um problema na empresa que transporta as caixas. Mais uns gritos de leve, pessoas correndo de um lado pro outro, escrevendo, ligando e desligando telefones, e os cachorros latem! Latem mais! E mais! Um minuto depois toca a campainha, são mais caixas que estão chegando. Enquanto alguém assina o papel da entrega chega mais um representante de outra empresa requerendo uma assinatura. Desce a escada, e chama outra pessoa pra assinar. "Fulano, isso não pode continuar assim, tenta resolver isso aí". No outro cômodo, uma pessoa cozinha o almoço que será servido aos funcionários da empresa que funciona nesse galpão. O cardápio do dia é: frango grelhado, alguma salada de ontem, arroz e feijão. Todos comem, menos a gerente, e o funcionário junior, que passa o dia num dos cômodos trabalhando. O funcionário senior sai às vezes durante o dia para pegar um carregamento que sempre dá problema. A funcionária junior anda de um lado pro outro esperando respostas. Atende os telefonemas, responde e-mails, fala com o assistente da gerente. Toca a campainha de novo, são mais 50 caixas pequenas que estão pra chegar. Serão acomodadas todas no cômodo de entrada do galpão. O dia vai acabando, mas a empresa continua funcionando à todo vapor. A funcionária junior costuma ir embora lá pelas 18:00. Os outros continuam trabalhando, trabalhando, trabalhando...

Nenhum comentário: