quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Aqueles dias.



Ouvindo “Trois gymnopedies” , do Erik Satie.
Tem dias que a gente acorda meio deprimido, meio ‘down’, não querendo muita conversa, querendo se isolar, assim, meio “sei lá”. Aí você não cumprimenta direito os amigos, não emite sons, não fala nada, no máximo o som da sua respiração pode ser ouvido. O dia fica feio, passa rápido, às vezes até devagar, você se sente distante de tudo, desanimado com o trabalho, com os estudos, fica descrente, ouve músicas que te deixam mais pra baixo, chora, é consolado, às vezes não, chora mais, dorme o dia todo, tem sonhos estranhos, fica reflexivo, depois chora mais um pouquinho. Por que será que essas coisas acontecem? Por quê? O que será que acontece com nossa alma, nosso espírito, com nosso cérebro, nosso coração? Você procura respostas pra tudo, e muitas vezes não encontra nada. Aí piora tudo, Deus não existe mais, ninguém te ama, ninguém te quer, todos vão morrer etc. E se esses dias se repetem com freqüência? Aí fudeu né, haja terapia.
Será que ficar se questionando piora ainda mais essas situações? Será que nessas horas se nós ficássemos apenas quietinhos, parados, isolados, concentrados, a dor não passaria? Não sei, podemos tentar.
A única coisa que sei é que dói, como dói sentir tudo isso.

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