segunda-feira, 6 de abril de 2009

Te pintei.



“Púrpura negra” te pintei. Me sinto agora cansado, depois de despender energia, porém imensamente feliz e pleno. Um cômodo escuro, cheio de fumaça, que baila sobre o ar sóbrio e solitário. Dentro dele um ser feliz, ouvindo sons inspiradores, aspirando cheiro de ervas naturais queimadas. Numa paz interior tremenda eu o fiz, oposta ao que estava ao meu redor. Nem por isso deixei de me inspirar, e continuei meu ofício. Expor a obra me deixa tímido, já que se trata de um momento muito particular, que divido com quase ninguém, não por ser triste, mas por ser íntimo demais para grandes exposições. Ocasionalmente ou não, o pintei no dia do aniversário de minha mãe. A cor que predomina na obra é como o nome já diz, a cor púrpura, roxa. E a cor que minha mãe mais gosta é exatamente essa. Acaso, destino, coincidência? Não sei, não acredito muito nesta última. Enfim, púrpura negra.

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